Ontem, a Profi Lu passou pelo meu PBWorks do Estágio e me desafiou a explicar como a teoria Sócio-Interacionista de Vigotisky se encaixa para atuar como fio conector das teorias da Flexibilidade Cognitiva, do Acoplamento Estrutural e Construtivista que observo em minha prática no LABIN, mesmo quando os alunos escolhem sentar sozinhos, ou quando atendo turmas de séries diferentes no mesmo tempo e espaço, como aconteceu na semana passada. Embora, acreditem que estejam trabalhando sozinhos na máquina, estão sempre se dando dicas ou suporte, uns aos outros. Bom, os estudos de Vigotisky convergem para a criação da cultura na sociedade e, a parte que interessa para nós professores, como os seus estudos sobre o desenvolvimento intelectual da criança e o papel das relações sociais influenciam para esse desenvolvimento, tanto é que seu pensamento tornou-se o precursor das correntes pedagógicas sócioconstrutivistas ou sócio-interacionistas, como prefiro chamar, que continuamos desenvolvendo até hoje, dando origem a novos estudos. Não bastasse vê-la como precursora das teorias citadas no primeiro parágrafo, ao encontro da minha justificativa vem a linguagem, estudada por ele e tão valorizada pelo Acoplamento Estrutural por Maturana e Varela. Na Teoria Sócio-Interacionista aprendemos que só podemos construir uma linguagem específica do nosso meio sociocultural, interagindo no e com o meio, transformando radicalmente os rumos do nosso próprio desenvolvimento. Assim, podemos ver como a visão de Vigotisky dá importância à dimensão social da linguagem e das relações possíveis por meio dela na construção do sujeito psicológico, estritamente importante para os processos de aprendizagem. Da mesma forma, um dos conceitos mais importantes de seus estudos é o conceito de Zona de Desenvolvimento Real e Proximal, que tem a ver com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha (zona real) e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (professora, colega mais velho ou com maior facilidade de aprendizagem, etc.). A Zona de Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o que a criança pode construir cognitivamente quando lhe é dado o suporte adequado e oportunidade de agir com seus pares. Aproximando-se assim, não só da Teoria Construtivista, mas das observações realizadas por Freinet e Montessoury, e pela própria teoria da Flexibilidade Cognitiva, a qual aponta que na interação com seus pares, diante do desafio proposto pela máquina, com base em suas experiências anteriores somada as dos colegas, a criança é capaz de resolver problemas demonstrando e desenvolvendo a capacidade de aprender a aprender, ou seja o pensamento heurístico e que ultimamente, a partir dos referenciais curriculares, começamos a chamar de habilidades e competências nas áreas do pensamento humano. Não sei se consegui corresponder ao desafio. Parece confuso, meio salada de frutas, mas é nisso que acredito. Durante a semana, vou ver se retomo algumas leituras para poder explicar melhor na próxima Reflexão Semanal, por enquanto trouxe apenas a lembrança, que por sinal é muito maleável e diferente da memória, para me auxiliar, pois estava me coçando para responder! Boa Semana para tod@s!
A partir dessa semana, modificamos a legenda da planilha de acompanhamento para que vocês já fiquem cientes se devem ou não refazer a postagem, já que é necessário que façam reflexões a partir da prática trazendo argumentos ou linkando teoria com prática.
ResponderExcluirA legenda agora será RC (R= refazer e C= comentário do tutor) ou PC (P = postagem ok e C= comentário do tutor).
Aqui trouxeste teoria com prática, portanto não é necessário que refaças na semana que vem, certo? Mas se quiser continuar....
Ok, tudo certo, Tutora Patrícia!
ResponderExcluirMas, e as postagens das semanas anteriores?
Tem alguma coisa que precise rever?
Bjs, Mara.