"Excelente sua reflexão sobre aprender como transformação na convivência. Mas, como percebe isso em sua escola, em sua turma? Aguardo seus exemplos de práticas fantásticas... hehe..."
Por exemplo, no PEAD, uma aprendizagem visível, mas que custei a evidenciar, foi a tolerância quanto ao rítimo dos outros. A princípio, se uma atividade fosse marcada para daqui a cinco dias, a postava no primeiro e exigia que fosse comentada no segundo, tamanha a minha ansiedade. Aos poucos fui me dando mais tempo e aceitando o tempo das outras pessoas. Em contrapartida, muitos colegas assim que é postada alguma tarefa que dependa da tecnologia, correm para buscar solução junto a mim e muitas vezes eu ainda nem me inteirei do que foi solicitado.
Na Escola, era bem criticada, não que ainda não seja, em relação a sempre trazer material para as reuniões, fazer muitas perguntas em formações, ser metida, etc. Essa postura, foi fazendo outras pessoas também tomarem esse tipo de iniciativa, dessa forma, também fui aprendendo a dar mais espaço para elas. Em particular, em relação ao Laboratório de Informática, trabalhei muito tempo sozinha, com ações isoladas, ainda que interdisciplinares, aos poucos, com muita insistência, divulgação de trabalhos e oficinas, muitos outros professores se aproximaram e hoje conto com parcerias no Laboratório, tornando assim as trocas mais ricas entre todos.
Essas trocas também aparecem na sala de aula, porque o trabalho individual e isolado é apenas uma opção pessoal naquele dia em que o aluno se sente mais confortável trabalhando sozinho, isso também é respeitado e é um aprendizado, mas no geral, a tônica é o trabalho em grupo e na hora de apresentar as aprendizagens uns complementam as falas dos outros, também enriquecendo as aprendizagens.
Talvez esteja me preocupando em vão e esteja aí uma nova aprendizagem, mostrar em retrospectiva tudo o que foi construído até aqui... Quem sabe?
Afinal, são formas de ler o mundo; de letrar adultos na tecnologia; de trabalhar P.A.s com crianças; de compreender a gênese da aprendizagem... de aprender amorosamente com os outros... De construir no presente a ponte entre o passado e o futuro.
"Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar a coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina."
Paulo Freire
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Mara creio que essa sua preocupação com o Workshop seja em vão... já que você sempre fez e faz exclentes trabalhos. Gostei da ideia da retrospectiva! Abraços
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