A apresentação de vídeo que acontece no Plenarinho durante as entrevistas é a minha,
Palestra-Oficina Tecnologia & Aprendizagem
Dia 23/10/09 - Hora de ser Premiada junto com alguns Agentes Mirins que representaram com muito orgulho a Turma 32 do Ano de 2008.
Dia 19/10/09 saiu uma nota no Correio do Povo, enviada pela Escola
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*REFLEXÃO
Muitas pessoas acham que tenho muita facilidade para falar e expor o que penso de maneira natural e autêntica. Penso de outro modo. A minha habilidade está em mostrar, não em falar. Na verdade, essa habilidade é uma composição de várias características, entre elas, a fala.
É essa a razão que faz com que em todos os workshops eu apresente minhas aprendizagens através das práticas com os alunos, ao contrário de várias colegas, ao meu ver admiráveis, que conseguem localizar e narrar de maneira fluída o que aprenderam. Não sei fazer dessa maneira, por essa razão eu as admiro.
Sei agir e socializar melhor do que falar então, para mim torna-se mais fácil mostrar o que aprendi na interação com os outros e falar dessas ações e interações no movimento da prática.
Segundo Maturana (REAL, 2007) a realidade depende do ponto de vista do observador. É a qualidade de suas relações com os outros e com o meio que define a sua ótica do mundo.
"[...] o surgimento de um tipo de organização capaz de expandir sua existência através da reinvenção contínua de sua estrutura material." (REAL, 2007 apud Paula, 2001. p. 2)
Maturana (1993, p. 31) na "Biologia do Conhecer" define a aprendizagem "como uma transformação estrutural que acontece na convivência." Ainda, a aprendizagem é um processo "[...] de adaptação, de acomodação a uma circunstância diferente daquela em que o organismo" a pessoa, a criança "se encontrava originalmente" (REAL, 2007. p.7 e 8).
Assim, o acoplamento estrutural tem como base a autopoiese, autoprodução, o termo foi cunhado em 1974 em um artigo escrito por Varela, Maturana e Uribe, para definir os seres humanos como sistemas vivos que constroem continuamente a si mesmos, sendo sistemas autopoiéticos são ao mesmo tempo produtores e produto.
A noção de autopoiese há muito tempo saiu do campo da Biologia e foi incorporada aos mais diversos campos do saber humano, da Psicologia à Administração, tornando-a uma importante ferramenta de investigação, como se referia o próprio Maturana, do "centro da dinâmica constitutiva dos seres vivos".
Para Maturana e Varela, os seres vivos são determinados por sua estrutura e organização, que chamaram de determinismo estrutural, ou seja, o que nos acontece agora depende de nossa estrutura, agora. A estrutura é a maneira como os elementos que me compõe estão interconectados, interagindo uns com os outros sem mudar a minha organização como ser vivo.
Por exemplo, se eu pegar uma cama, uma coisa que não está viva, mexer em seus pés e em sua guarda ou lastro, alterando altura, forma e posição, tipo, era quadrada e eu a remodelei para ser redonda, seu sistema continuará sendo reconhecido como uma cama, ela manteve a sua organização apesar de eu ter alterado a sua estrutura. Agora, se eu a desmontar e separar suas partes, seu sistema se desorganizará e ela deixará de ser uma cama. Seu sistema se extinguiu.
Dá-se, mais ou menos, a mesma coisa com um sistema vivo, a estrutura muda o tempo inteiro e o ente se adapta às modificações do ambiente, que também muda o tempo todo porque são contínuas, porém, a perda da organização (a desarticulação "se eu desmontasse o ser como fiz com a cama") causaria a sua morte.
O Acoplamento Estrutural é quando o sistema vivo e o meio em que ele vive se modificam um ao outro de forma harmoniosa. É como se eu calçasse um sapato inteligente, conforme vou crescendo, meu pé estará sempre se ajustando ao sapato e o sapato estará sempre se ajustando ao meu pé, sem precisar substituí-lo. Em outras palavras, o meio produz mudanças em mim e eu no meio, numa relação circular espiralada e crescente.
Participação no Fórum "Aprender como transformação na convivência" - (25 e 26/09/09)
Fonte de consulta: MARIOTTI, Humberto. Autopoiese, cultura e sociedade, 1999. www.geocities.com/pluriversu. Acesso em 26/09/09.
É mais ou menos isso que acontece com as aprendizagens que realizo e tento mostrar: O PEAD (meio) me modifica enquanto eu também o modifico; por sua vez, com minhas práticas, modifico o fazer pedagógico em minha Escola (outro meio), interajo com colegas e alunos através da ação, essas ações somadas nos modificam num processo de aprendizagem adaptativa representada pelas expirais. É assim que eu me apresento no mundo e mostro o que aprendi!
Bjs no coração, Mara.
Palestra-Oficina Tecnologia & Aprendizagem
Dia 23/10/09 - Hora de ser Premiada junto com alguns Agentes Mirins que representaram com muito orgulho a Turma 32 do Ano de 2008.
Dia 19/10/09 saiu uma nota no Correio do Povo, enviada pela Escola
CONCLUSÃO DO P. A.:
"A"NORMAIS E A ESCOLA DO FUTURO...
Vídeo que apresenta a caminhada colaborativa de um grupo de professoras universitárias do PEAD/UFRGS, na construção de subsídios teórico/práticos que apontem as tendências para a Escola no Futuro.
"A"NORMAIS E A ESCOLA DO FUTURO...
Vídeo que apresenta a caminhada colaborativa de um grupo de professoras universitárias do PEAD/UFRGS, na construção de subsídios teórico/práticos que apontem as tendências para a Escola no Futuro.
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*REFLEXÃO
Muitas pessoas acham que tenho muita facilidade para falar e expor o que penso de maneira natural e autêntica. Penso de outro modo. A minha habilidade está em mostrar, não em falar. Na verdade, essa habilidade é uma composição de várias características, entre elas, a fala.
É essa a razão que faz com que em todos os workshops eu apresente minhas aprendizagens através das práticas com os alunos, ao contrário de várias colegas, ao meu ver admiráveis, que conseguem localizar e narrar de maneira fluída o que aprenderam. Não sei fazer dessa maneira, por essa razão eu as admiro.
Sei agir e socializar melhor do que falar então, para mim torna-se mais fácil mostrar o que aprendi na interação com os outros e falar dessas ações e interações no movimento da prática.
Segundo Maturana (REAL, 2007) a realidade depende do ponto de vista do observador. É a qualidade de suas relações com os outros e com o meio que define a sua ótica do mundo.
"[...] o surgimento de um tipo de organização capaz de expandir sua existência através da reinvenção contínua de sua estrutura material." (REAL, 2007 apud Paula, 2001. p. 2)
As Espirais de Vygotsky e Piaget, acima, dão conta de ilustrar essa afirmativa, pois aprendizagem leva a adaptação do sujeito aos relacionamentos e ao meio, gerando desenvolvimento dos sujeitos envolvidos na relação e do próprio meio, que por sua vez conduzem a novas aprendizagens e assim por diante; em Piaget (1975, p.14) a assimilação/acomodação/desacomodação/equilibração, embora sejam processos distintos, não acontecem isoladamente, nem perdem a continuidade.
Maturana (1993, p. 31) na "Biologia do Conhecer" define a aprendizagem "como uma transformação estrutural que acontece na convivência." Ainda, a aprendizagem é um processo "[...] de adaptação, de acomodação a uma circunstância diferente daquela em que o organismo" a pessoa, a criança "se encontrava originalmente" (REAL, 2007. p.7 e 8).
Assim, o acoplamento estrutural tem como base a autopoiese, autoprodução, o termo foi cunhado em 1974 em um artigo escrito por Varela, Maturana e Uribe, para definir os seres humanos como sistemas vivos que constroem continuamente a si mesmos, sendo sistemas autopoiéticos são ao mesmo tempo produtores e produto.
A noção de autopoiese há muito tempo saiu do campo da Biologia e foi incorporada aos mais diversos campos do saber humano, da Psicologia à Administração, tornando-a uma importante ferramenta de investigação, como se referia o próprio Maturana, do "centro da dinâmica constitutiva dos seres vivos".
Para Maturana e Varela, os seres vivos são determinados por sua estrutura e organização, que chamaram de determinismo estrutural, ou seja, o que nos acontece agora depende de nossa estrutura, agora. A estrutura é a maneira como os elementos que me compõe estão interconectados, interagindo uns com os outros sem mudar a minha organização como ser vivo.
Por exemplo, se eu pegar uma cama, uma coisa que não está viva, mexer em seus pés e em sua guarda ou lastro, alterando altura, forma e posição, tipo, era quadrada e eu a remodelei para ser redonda, seu sistema continuará sendo reconhecido como uma cama, ela manteve a sua organização apesar de eu ter alterado a sua estrutura. Agora, se eu a desmontar e separar suas partes, seu sistema se desorganizará e ela deixará de ser uma cama. Seu sistema se extinguiu.
Dá-se, mais ou menos, a mesma coisa com um sistema vivo, a estrutura muda o tempo inteiro e o ente se adapta às modificações do ambiente, que também muda o tempo todo porque são contínuas, porém, a perda da organização (a desarticulação "se eu desmontasse o ser como fiz com a cama") causaria a sua morte.
O Acoplamento Estrutural é quando o sistema vivo e o meio em que ele vive se modificam um ao outro de forma harmoniosa. É como se eu calçasse um sapato inteligente, conforme vou crescendo, meu pé estará sempre se ajustando ao sapato e o sapato estará sempre se ajustando ao meu pé, sem precisar substituí-lo. Em outras palavras, o meio produz mudanças em mim e eu no meio, numa relação circular espiralada e crescente.
Participação no Fórum "Aprender como transformação na convivência" - (25 e 26/09/09)
Fonte de consulta: MARIOTTI, Humberto. Autopoiese, cultura e sociedade, 1999. www.geocities.com/pluriversu. Acesso em 26/09/09.
É mais ou menos isso que acontece com as aprendizagens que realizo e tento mostrar: O PEAD (meio) me modifica enquanto eu também o modifico; por sua vez, com minhas práticas, modifico o fazer pedagógico em minha Escola (outro meio), interajo com colegas e alunos através da ação, essas ações somadas nos modificam num processo de aprendizagem adaptativa representada pelas expirais. É assim que eu me apresento no mundo e mostro o que aprendi!
Bjs no coração, Mara.
"É mais ou menos isso que acontece com as aprendizagens que realizo e tento mostrar: O PEAD (meio) me modifica enquanto eu também o modifico; por sua vez, com minhas práticas, modifico o fazer pedagógico em minha Escola (outro meio), interajo com colegas e alunos através da ação, essas ações somadas nos modificam num processo de aprendizagem adaptativa representada pelas expirais. É assim que eu me apresento no mundo e mostro o que aprendi!"(Mara).
ResponderExcluirExcelente sua reflexão sobre aprender como transformação na convivência. Mas, como percebe isso em sua escola, em sua turma? Aguardo seus exemplos de práticas fantásticas... hehe