Paráfrase
Paráfrase consiste em, reescrever com suas palavras as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura detalhada e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna. Em que a paráfrase mantém o sentido do texto original.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. consultado em 04/07/08 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1frase
Citação
Segundo a norma NBR 10520:2002, elaborada pelo Comitê Técnico 014 (Informação e Documentação) da Associação Brasileira de Normas Técnicas, citação numa produção textual é a "Menção de uma informação extraída de outra fonte", tais como (livros, periódicos, vídeos, sites e etc).
As citações na produção textual são feitas para apoiar uma hipótese, sustentar uma idéia ou ilustrar um raciocínio. Sua função é oferecer ao leitor o respaldo necessário para que ele possa comprovar a veracidade das informações fornecidas e possibilitar o seu aprofundamento.
Ressalva-se que a referência bibliográfica, isto é, os dados que identificam uma publicação citada, tais como autor, título, local, editora ou data, deve aparecer no final do trabalho sob o título de Referências bibliográficas ou de Bibliografia, pois desta maneira o leitor poderá identificar a obra e, assim, facilitar sua localização em catálogos, índices bibliográficos, bibliotecas, Internet, entre outros locais.
Sistema de chamada
Conforme a NBR 10520 especifica, todas as citações apresentadas devem ser acompanhadas da indicação da autoria das mesmas, podendo-se utilizar um dos dois formatos abaixo:
Sistema autor-data
Neste sistema a indicação da fonte no texto é feita colocando-se o sobrenome do autor ou o nome da entidade responsável ou ainda a primeira palavra do título (quando a obra não possuir autoria), seguida da data de publicação. Ao final do trabalho relacionam-se as referências completas em ordem alfabéticas.
Exemplo no texto: ........ (VIEIRA, 1993)
Citação também é usada como termo jurídico. É um ato Jurídico formal para que o réu tome conhecimento do processo e, querendo, defenda-se.
Exemplo na referência:
VIEIRA, Márcio Infante. Carne e pele de coelho : produção, comércio, preparo. São Paulo INFOTEC 1993. 64p.
Sistema numérico
Neste sistema a indicação da fonte no texto é realizada por uma numeração única consecutiva que remete à uma lista de referências ao final do trabalho organizadas em ordem seqüencial, numérica e crescente.
Exemplo no texto: "O sistema numérico não deve ser usado quando há notas de rodapé" [1]
Exemplo na Referência:
1 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação - citações em documentos - apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 7p.
Citação direta
A citação direta refere-se à transcrição integral de uma parte do texto pesquisado. Essa transcrição literal deverá ser apresentada entre "aspas", (se for até 3 linhas, caso contrário, aparecerá recuada 4 cm da margem esquerda, utilizando-se fonte menor e espaçamento simples) seguida do sobrenome do autor, ano da publicação, sendo indispensável indicar o número da página de onde foi extraída a transcrição. Exemplo:
Segundo Vieira (1998, p.5) o valor da informação está "diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização".
Ou
Segundo Vieira, o valor da informação está "diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização". (2)
Outra variação é quando o sobrenome é colocado entre parênteses juntamente com o ano e página; neste caso, porém, o sobrenome aparece todo com letras maiúsculas. Exemplo:
O valor da informação está "diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização" (VIEIRA, 1998, p.5).
Citação indireta
É a transcrição das idéias do autor consultado, porém usando as suas palavras, ou seja, parafraseando. A idéia expressa continua sendo de autoria do autor que você consultou, por isso, é necessário citar a fonte: dar crédito ao autor da idéias, sendo desnecessário indicar o número da página de onde a idéia foi extraída. Exemplo:
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de decisões a atingirem os objetivos da empresa (FRUTAO, 1998).
Apresentação das citações no texto
* Citação com até três linhas: aparece fazendo parte normalmente do texto (entre aspas, se for citação direta, mas em fonte 12).
* Mais de três linhas: (deslocamento) recuo de 4 cm para todas as linhas, a partir da margem esquerda, espaçamento simples entre as linhas, fonte tamanho 10 e sem aspas, sendo que o parágrafo que introduz a citação (o autor, com ano e página) deve aparecer em fonte normal (12) e espaçamento duplo, como no restante do texto.
Exemplo no texto:
Drucker (1984, p.17) comenta sobre o a prática administrativa afirmando que:
A administração é exercício, não ciência. A esse respeito, ela pode comparar-se com a medicina, a advocacia e a engenharia. Não é conhecimento, mas desempenho. Além disso não representa a aplicação do bom senso, ou da liderança, menos ainda da manipulação financeira. Seu exercício baseia-se no conhecimento e na responsabilidade.
Exemplo da referência:
DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1984.
Uso em excesso
O uso excessivo de citações em teses e artigos acadêmicos prejudica a criação de conhecimento novo, é o que afirma Augusto de Franco[1] (Coordenador-geral da Agência de Educação para o Desenvolvimento) . Isto se daria pelo fato de ao utilizar as citações de outros autores para legitimar o seu conteúdo, o escritor estaria deixando de lado a sua própria capacidade de argumentação, o que termina favorecendo a cópia de conhecimentos já consolidados ao invés de criar novos.
Referências
1. ↑ Franco, Augusto de. Livro Pobreza e Desenvolvimento Local, 2002, pg.16.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. consultado em 04/07/08 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cita%C3%A7%C3%A3o
Como lidar com o plágio em sala de aula
Com o advento da Internet, a cópia de trabalhos tornou-se mais fácil. Mas desde que existem livros, revistas e outras publicações, existe o plágio. Saiba como lidar com esse mal que assombra as salas de aula
Publicado em 08/03/2005 - 02:00
Consultado em 04/07/08
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=6387
Há mais ou menos dez anos surgiu um fenômeno chamado Internet. E com ela a facilidade de se copiar material para a elaboração de trabalhos escolares, uma prática condenável mas, nem sempre, fácil de identificar. No entanto, é necessário lembrar que desde que existem publicações - sejam livros, jornais, revistas, etc. - houve a possibilidade de cópia. A rede mundial de computadores e a Informática ao alcance das pessoas apenas facilitou esse processo.
A Internet é uma grande biblioteca na qual qualquer pessoa pode colocar um texto. Assim, como na biblioteca, é necessário que as pessoas saibam como se virar lá dentro, como olhar as referências de um livro, de revistas, como utilizar o material disponível e como manipulá-lo, já que isso também é necessário no plano virtual.
"É preciso difundir uma cultura de que cópia não se permite. O plágio existe, isso é algo fraco não só culturalmente, mas também juridicamente no Brasil", aponta o professor do departamento de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Carlos Pio, que há quatro anos descobriu plágio com a ajuda da Internet em trabalhos de 11 alunos da pós-graduação e os reprovou.
Com a possibilidade de simplesmente mandar imprimir ou copiar eletronicamente um texto que está na tela do monitor - e que provavelmente apareceu após uma breve pesquisa em sites de busca como o Google -, o trabalho que o estudante deveria empenhar para realizar uma pesquisa escolar, leitura e escrita acaba sendo deixado de lado, já que a praticidade desse meio permite resultados muito rápidos sem grande esforço. O problema é que tal prática é errada e ilegal, já que a propriedade intelectual é sempre protegida, tanto pela lei como pelos princípios éticos e profissionais.
Mas, como os professores devem trabalhar essa questão em sala de aula? Como devem orientar seus alunos? "Uma das alternativas é que o professor trabalhe com conceitos, como a ética e moral com seus alunos", aconselha a professora do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Regina Maria Simões Puccinelli Tancrede.
Além disso, o professor não deve simplesmente pedir determinado trabalho, dizer o tema e não dar nenhuma orientação. É necessário ensinar como se faz uma pesquisa na Internet, quais são os sites com conteúdo confiável, pois, segundo um levantamento recente feito pela Escola do Futuro da USP e pela intranet educacional Ensino.net, 10% dos sites brasileiros que se posicionam como conteúdo educativo, cultural ou artístico são de má qualidade.
Ensinar como se colocam referências bibliográficas em um trabalho, explicar as diferenças entre citação e paráfrase, discutir a questão da propriedade intelectual, quais são os princípios éticos que estão envolvidos na questão do plágio, tudo isso é fundamental para despertar nos alunos a vontade de fazer um trabalho. "Além disso, os professores devem ter o costume de ler os trabalhos que recebem. Eu desconfio que há por parte do professor um pacto de mediocridade. Quer dizer, o professor finge que ensina e corrige e o aluno finge que aprende", opina Pio.
Regina considera que se o professor for bem informado, vai conseguir dar informações adequadas aos alunos. "Se o professor não estiver acostumado a ler o trabalho dos alunos, a discutir e a comparar o trabalho de um com outro, ele vai ser enganado, talvez", aponta a professora da UFSCar.
No flagra
Pio diz que desenvolveu algumas técnicas durante os anos de docência na correção dos trabalhos. "Quando o professor se dispuser a ler atentamente aquilo que recebe - o que é cada vez mais difícil tendo em vista o número de trabalhos que o professor tem de ler -, ele vai percebendo intuitivamente alguns elementos que facilitam muito a descoberta do plágio: se o trabalho está muito bom, não tem citação nenhuma; se for muito genérico em relação àquilo que foi pedido; se tiver diferença de qualidade na escrita, na redação, um trecho com português muito bom outro com o português muito ruim; e, por incrível que pareça, diferença nas fontes, o que é muito óbvio, mas acontece. Então, essas coisas chamam a atenção", explica.
A Internet também é uma excelente amiga na hora de se descobrir um plágio. Caso o professor desconfie de algum parágrafo do trabalho, é só escrever as principais palavras ou as mais rebuscadas em algum site de busca que ele trará frases que contenham os termos. Pio conta que foi exatamente isso que fez com os trabalhos dos seus 11 alunos de pós-graduação.
"Penso que o professor tem uma grande responsabilidade na formação do aluno com relação à essa busca de referências e de pesquisas na Internet", opina Regina. Para o professor da UnB, o mercado de trabalho trata de corrigir esses estudantes que cometem plágio.
O plágio é uma combinação de fragilidades, mas há gradações nessa violação de direito autoral ou de ética. É importante diferenciar uma cópia cometida por um calouro em um trabalho de curso de um aluno de mestrado ou doutorado que apresenta uma dissertação final copiada, escrita por outra pessoa ou sem indicação de fonte. Sem dúvida, este último é muito mais grave.
Legalmente falando...
A questão do plágio é, das relações do direito autoral, a mais dissimulada é mais difícil de se constatar, porque não é uma cópia, é uma imitação disfarçada. "O plágio, na verdade, nada mais é do que você pegar o trabalho alheio, dar uma mascarada e com isso tirar proveito da propriedade intelectual de alguém", explica o líder do projeto do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio e advogado especialista em direito autoral e propriedade intelectual, Eduardo Senna.
No meio acadêmico, o plágio é muito comum com trabalhos e mesmo monografias. Porém, o advogado acredita que além da questão das monografias e do plágio por parte do aluno, isso está englobado de uma maneira geral na questão da discussão do direito autoral dentro das universidades. "Isso vem desde as cópias de livros nas bibliotecas, o que não deixa de ser uma violação do direito autoral que não é coibida, até esse ponto de trabalhos copiados, que também acabou sendo algo inserido na nossa cultura".
Em geral, o professor quando detecta o plágio de um aluno dá zero. Não se pensa em partir para as medidas legais, apesar de elas existirem. "O plágio é uma violação ao direito autoral. Plágio, ao contrário de contrafação, não é crime, e não pode ser punido com ação penal, mas, sim, com ação cível", explica Senna.
O aluno que comete plágio estaria sujeito às seguintes sanções legais: uma indenização por dano patrimonial, uso indevido da obra; e uma indenização por dano moral pela mesma razão, isso por conta da subdivisão do direito autoral em patrimonial e moral.
"Nem a universidade nem o professor podem entrar com uma ação contra o aluno. O dono da obra é quem pode processar. Por isso que é muito difícil de coibir isso e a história fica só no meio acadêmico", ressalta o advogado.
A técnica mais correntemente usada para a detecção de plágio na literatura é a das linhas assimétricas, que nada mais é do que colocar os textos um ao lado do outro e ver se eles têm partes idênticas. "Se você tem um texto de dez parágrafos e seis deles são idênticos ou muito parecidos com outro - que mudaram com maquiagem -, pode-se afirmar, com razoável certeza, que houve plágio", verifica Senna.
O advogado lembra que não se protegem idéias, apenas a exteriorização delas. Portanto, nada impede que em um universo de milhões e milhões de pessoas, duas pessoas tenham a mesma idéia, e isso não implica em plágio.
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