Semana, só uma semana...

Perguntas...
Sei que por trás de tantas inseguranças, talvez incertezas, sou moça tranquila, convicta dos meus sentimentos e dos meus ideais.
Mesmo com tantas decepções, continuei trilhando meu caminho com as mesmas virtudes que me foram ensinadas em criança e com os exemplos que pessoas equilibradas me demostraram.
Acredito num mundo justo e em evolução, acredito em utopias, acredito em escolhas e livre-arbítio, acredito em responsabilidade individual e compartilhada.
Será que acredito em coisas erradas?
Porém, em algumas épocas eu esqueço que a vida é realidade dura e, às vezes cruel, acreditando que ela possa ser como a minha ingênua fantasia supõe, insisto em acreditar sempre e sempre...
Será que estou errada?
Preciso ser mais realista, só assim, as pessoas me parecerão mais amigas, menos mesquinhas e distantes, e correrei menos riscos de decepcionar-me.
Mas, ao mesmo tempo, sou tão envolvida em afeto que não consigo acreditar na maldade, na tirania, na inveja e na discórdia, me parecem tão distantes...
Existem?
Será que não são modas passageiras?
Será que sou tão teimosa, que não consigo ver?
Será que o ser humano está fadado a se auto-consumir em injustiças, perdas, guerras e outras vilanias?
Essa teimosia é que me impulsiona a acreditar na bondade humana, ou no mais puro egoísmo, segundo Santo Agostinho que dizia que se o ser humano soubesse o quanto é bom ser bom, seria bom por egoísmo.
Porque eu sou muito teimosa...
Porque eu sou muito egoísta e não quero que nada me fira, que nada me falte, que nada me enfraqueça, é por isso que eu luto para não ferir ninguém, para não deixar faltar nada a ninguém (próximo ou distante), para não enfraquecer ninguém.
Às vezes, parece que visto uma armadura medieval, e saio tentando resolver os problemas da humanidade e esqueço os meus, os nossos, numa busca cega pelo Graal. Não sou humilde, sou como minha filha mais velha diz mega(hipersuper)lomaníaca e muito exibida, que tenho complexo de superioridade e uma alta auto-estima do tamanho da torre Eiffel, posso ter e ser tudo isso, mas, como todo bom "desajustado(a)", sou apenas uma criatura teimosa, ingênua, sonhadora, esperançosa e suplicante...

Pai
Dai-nos o pão desse dia e aos nossos erros, perdão.
Como nós aos outros, perdoai-nos, não nos deixei em tentação!
Livra-nos de todo o mal...
Amém.